De Olho Na Ju: NOVAS MUDANÇAS NO CARTÃO DE CRÉDITO
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NOVAS MUDANÇAS NO CARTÃO DE CRÉDITO

Olá pessoas lindas, 

No dia 3 de abril, o cartão de crédito passou a ter novas regras com o objetivo de reduzir a inadimplência e evitar o superendividamento. A realidade atual mostra que os pagamentos com cartão de credito cresce a passos largos no Brasil, pois é uma ilusão de dinheiro na conta, e se a dívida não é quitada integralmente sobe muito em função dos juros (uma verdadeira bola de neve). Com as novas regras, na prática, o consumidor não vai mais ficar preso ao rotativo do cartão, popularmente conhecido como pagamento mínimo da fatura.

Sempre que o consumidor entrar no crédito rotativo, depois de 30 dias o banco terá de oferecer ao cliente um parcelamento do saldo devedor. O consumidor também fica com a opção de, depois desse prazo, fazer o pagamento à vista. Caso ele não escolha nenhuma das duas alternativas, ficará inadimplente. 

O especialista e professor de Engenharia de Produção do Centro Universitário Estácio, Breno Peixoto Cortez, explica as novas regras e tira as principais dúvidas. 

1) Quais são os principais destaques nesse novo sistema?
Podemos destacar que está sendo realizada uma mudança significativa na regra do rotativo do cartão de crédito, forçando os bancos a financiarem os rotativos por taxas mais baratas, com o objetivo de reduzir o endividamento das famílias. Está sendo criada uma proteção aos consumidores que financiavam suas compras com o rotativo do cartão. Hoje, o consumidor pode mensalmente pagar 15% da fatura, rolando os 85% restantes para o próximo mês, quantas vezes quiser, com a mudança, ele poderá pagar o mínimo de 15% da fatura apenas um mês. Na próxima fatura todo o valor do rotativo mais os juros deverão ser pagos, ou financiados a juros menores e com prazos definidos.

2)  Essas regras valem para outros cartões, como por exemplo os de lojas?
As regras são válidas para todos os cartões de crédito do mercado.

3) Quais mudanças devemos ficar mais atentos?
Para exemplificar, vamos imaginar que o consumidor tem uma fatura de R$1.000,00 com vencimento em abril. Nas atuais regras ele pode pagar o mínimo de R$150,00, ficando o restante para a fatura de maio. Em maio, considerando cobrança de juros de R$100,00 e que o cliente não tenha realizado novas compras, a fatura do cliente seria de R$950,00 e ele poderia novamente pagar o mínimo quantas vezes quisesse. Mas, com as novas regras, a fatura de maio, deverá ser paga integralmente, ou então, o emissor do cartão parcelar a fatura em 10 parcelas de R$100,00. 

4) E para os bancos, quais são as mudanças?
O parcelamento de fatura já é um produto ofertado pelos bancos, porém, pouco utilizado. A mudança será benéfica para todos os envolvidos. O consumidor terá mais consciência financeira, os juros totais pagos pelo consumidor tende a reduzir e a curto prazo a inadimplência tende a diminuir. Consumidores que antes não conseguiam pagar suas faturas, conseguirão parcelar em até 24 meses. 

5) A medida diminuirá a inadimplência e o endividamento?
No primeiro momento sim, pois a opção de financiar a dívida com juros menores em até 24 meses, permitirá que o cliente não fique inadimplente. A médio e longo prazo, temos que esperar o comportamento das carteiras, pois, os consumidores podem voltar a inadimplir acumulando várias faturas de vários cartões. É uma iniciativa que, reduz os juros envolvidos nas operações de cartões de crédito e reduz o endividamento das famílias.

6) Com a nova regra, se tornou bom negócio parcelar a fatura?
Depende. Para o consumidor que só tinha a opção do rotativo, certamente é um bom negócio, porém, as taxas, que variarão entre 2% e 10% ainda são muito elevadas e existem outras linhas no mercado mais baratas, como o rotativo ou empréstimos com garantias. O melhor negócio mesmo, é sempre pagar o valor total da fatura. O cartão de crédito é um produto que concede segurança ao consumidor, facilita a organização dos gastos, concede vários benefícios, mas, definitivamente, nem na nova regra e muito menos na antiga, deve ser usado como uma linha de crédito. Hoje, os juros médios ultrapassam 15% ao mês.

Diego Freire - Assessor de Imprensa
Centro Universitário Estácio de Brasília

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