Hoje venho com um assunto super importante para vocês, a Campanha do Outubro Rosa - prevenção do câncer de mama. Esse ano, a campanha faz 27 anos e chama a atenção para o câncer de mama, sua prevenção e a importância do diagnóstico precoce. Nesse mês, empresas, organizações sem fins lucrativos e comunidades se unem para promover palestras educativas e fazer ações como incentivar o agendamento da mamografia, o principal exame de diagnóstico do câncer de mama.
Que tal aproveitar este mês para cuidar da sua saúde? Vamos conhecer um pouco mais sobre essa doença e suas formas de prevenção.
O que é o câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença que surge
a partir de um erro na multiplicação de células anormais localizadas na mama.
Elas crescem e se multiplicam de forma desordenada, dando origem a um tumor,
que pode se desenvolver com diferentes velocidades.
Esse é o segundo tipo de câncer (ou
neoplasia) que mais acomete das mulheres no Brasil e no mundo, atrás apenas do
câncer de pele não melanoma. E não se engane, pois os homens também podem
desenvolver essa doença – embora seja apenas em 1% dos casos.
O tumor maligno nas mamas é considerado
relativamente raro em mulheres antes dos 35 anos. Porém, a partir dessa idade,
a incidência cresce progressivamente, aumentando ainda mais depois dos 50 anos.
Alguns dos sinais dessa doença são o
nódulo na mama ou na axila, pele da mama avermelhada ou retraída, alterações no
mamilo e extravasamento de líquido. Ao perceber qualquer um desses sintomas,
procure atendimento médico o mais rápido possível.
Fatores de risco para o câncer de mama
A idade é o principal fator de risco
para o desenvolvimento dessa doença, especialmente depois dos 50 anos. Além desse
fator, existem outros que podem ser classificados em três grupos:
- Fatores hormonais ou relacionados à história
reprodutiva: primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa depois dos
55, primeira gravidez depois dos 30, não ter engravidado, não ter
amamentado, uso de pílula anticoncepcional e reposição hormonal prolongada
na menopausa.
- Fatores ambientais e comportamentais: ingestão
de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade, exposição aos raios e o
tabagismo (ainda em estudo, mas com algumas evidências).
- Fatores genéticos e hereditários: mutações em
genes transmitidos pela família, histórico de casos de câncer de mama em
familiares jovens, casos de câncer de mama nos homens da família, câncer
de ovário.
Apresentar um ou mais desses fatores de
risco não significa que a mulher necessariamente vai desenvolver um tumor nas mamas,
mas sim que o acompanhamento deve ser feito de forma ainda mais cuidadosa.
O câncer de mama e as próteses de
silicone
Há alguns anos, surgiram relatos de que
os implantes de silicone poderiam favorecer o desenvolvimento do câncer de
mama. Embora esse temor ainda assuste muitas mulheres, ele felizmente é um
mito.
Diversos estudos recentes mostram que
não existe evidência científica para se considerar que as próteses mamárias
possam aumentar o risco de desenvolvimento da doença. Inclusive, existem estudos
que sugerem que as próteses até diminuiriam as chances.
Outro mito que ronda as próteses de
silicone é que elas poderiam dificultar a detecção de um nódulo na mamografia.
Isso até pode ter acontecido no passado, hoje, porém, os radiologistas estão
muito mais habituados a fazer exames em pacientes com implantes.
Além disso, os equipamentos de
mamografia e ultrassonografia são mais modernos, permitindo um detalhamento
muito maior. Caso ainda restem dúvidas, é possível recorrer a outros exames,
como a ressonância magnética.
A importância da detecção precoce
Quando o câncer de mama é diagnosticado
em fases iniciais, ele tem até 95% de chances de cura e costuma responder bem a
tratamentos menos agressivos.
O problema é que a maior parte dos
nódulos do câncer de mama é detectada pela própria paciente ao tomar banho ou
se despir, quando eles já estão em um estágio um pouco mais avançado.
É a partir disso que vem a importância
da mamografia, o principal exame para a detecção precoce. Segundo as diretrizes
de saúde nacionais, a mamografia deve ser feita a cada dois anos por mulheres
de 50 a 69 anos.
Porém, quando há fatores de risco e
histórico de câncer de mama em familiares jovens, o médico pode achar
necessário realizar uma mamografia anual bem mais cedo, até mesmo a partir dos
30 anos.
Tratamento do câncer de mama
Quando se trata de câncer de mama, o
tratamento é altamente individualizado. Isso acontece porque as características
do tumor variam bastante de uma pessoa para outra. Por isso, é comum encontrar
pacientes com tratamentos bastante diferentes.
O tratamento dessa neoplasia pode
incluir o uso de medicamentos por via oral e sessões de quimioterapia e
radioterapia, dependendo do estágio da doença. Porém, a principal forma de
tratamento é a cirurgia chamada de mastectomia.
Antigamente, a mastectomia era sinônimo
da remoção completa da mama. Essa técnica ainda pode ser necessária hoje em
dia, mas os avanços da medicina permitem que muitas vezes possa se remover
apenas a região onde o tumor está localizado.
Ao receber o diagnóstico ou a indicação
da mastectomia, é importante que a paciente saiba que ela poderá optar por uma
reconstrução da mama, algo que ajuda as mulheres a recuperar sua autoestima.
Uma das principais técnicas utilizadas
para a reconstrução mamária é o implante de silicone, o mesmo utilizado nas
cirurgias plásticas de aumento das mamas. A escolha da melhor técnica
cirúrgica deve ser discutida sempre com o médico que acompanha a paciente.
Aproveite o Outubro Rosa para agendar
aquela consulta que está atrasada e verificar a necessidade de realizar exames
preventivos. Valorize a sua saúde!
Nenhum comentário:
Postar um comentário